DOCUMENTÁRIO & BRANDING

 

 
Documentários permitem às marcas alcançarem dois objetivos inegociáveis para a perenidade dos negócios:

 

1) reforço da credibilidade, atestada pelo apoio à cultura;
 
2) branded content, construindo uma ligação emocional com o consumidor através de histórias reais e inspiradoras que espelham os valores e trajetória da marca.
 
Mais ainda, comparados a outras formas de cultura na persecução destes objetivos, documentários apresentam inúmeras vantagens.
 
 

 

ELASTICIDADE
 
Graças à flexibilidade de tema e linguagem, documentários estão aptos a abordar todos os assuntos relevantes à sociedade.
 
Uma vez definido, o próprio tema pode ser customizado, isto é, recortado e trabalhado para se ajustar aos valores ou propósitos da marca que se queiram transmitir, sem que esta operação implique em desonestidade intelectual, ou seja, no falseamento ou distorção da realidade.
 
Isso é assim, pois a escolha e a disposição dos elementos que compõe o quadro retratado no filme podem ser elaboradas de diferentes formas, realçando um ou outro aspecto da questão. É que os fatos e acontecimentos da vida têm diferentes faces e cada ângulo apresenta uma visão única. Portanto, não se trata de versões certas ou erradas, mas apenas de escolhas de pontos de vista igualmente legítimos.
 
Outro fator a conferir maleabilidade aos documentários é a multiplicidade de linguagens passíveis de serem empregadas na sua construção, conforme o significado desejado ou resultado pretendido. Assim, caso se queira destacar a emoção, documentários poéticos são os mais adequados. Favorecendo ao máximo a dimensão plástica e visual, este tipo de filme provoca sensações, afetos e impressões, deixando num segundo plano a construção de um argumento lógico ou narrativa clara sobre o mundo histórico.
 
Em contraposição, o documentário expositivo aspira passar a impressão de objetividade, utilizando fatos, acontecimentos e argumentos para defender uma posição. Sem contar que num mesmo filme pode ocorrer a mescla de diferentes linguagens, caso seja conveniente para o desenvolvimento da história.
 
Resumindo, conhecendo o público-alvo, sabendo dos seus anseios, medos, esperanças e valores, o documentário pode ser confeccionado de maneira a realçar cirurgicamente os valores da marca que calem mais alto no seu público, potencializando e levando relação entre ambos a um patamar mais profundo.
 
 
ACEITAÇÃO
 
Estudos de comunicação comprovam a capacidade dos espectadores para o entendimento do discurso audiovisual, ou seja, o público já está acostumado e apto à construção de significados através da interação entre imagens e sons. Nem poderia ser diferente, haja vista que crescemos diante de uma tela, os mais antigos, originalmente de televisão; os mais novos, de smartphones.   E essa aptidão se faz observar em todas as classes sociais, sem distinções.
 
O mesmo já não ocorre com outras formas de cultura que exigem, para sua fruição, um leque de conhecimentos e aptidões que muitos não têm, até mesmo pela falta de hábito.
 
Portanto, documentários permitem as marcas dialogar com o seu público numa linguagem que ele compreende com facilidade, eliminando ruídos e fazendo com que a mensagem chegue clara e cristalina ao destinatário.
 
 
ALCANCE
 
Gravado em suporte físico ou digital, o audiovisual, em tese, fica disponível para ser acessado de qualquer lugar e a qualquer tempo. Já outras formas de cultura requerem a fisicalidade do público in loco, limitando a experiência àqueles que estiverem num determinado lugar e hora.  E não adianta, por exemplo, gravar uma peça de teatro e coloca-la na internet. Simplesmente não funciona, trata-se de outra linguagem.
 
Outra característica que beneficia o audiovisual é a pluralidade e diversidade de canais de distribuição, mais numerosos do que em qualquer outra forma de arte, possibilitando que o conteúdo alcance vários segmentos de público.
 
Há os meios tradicionais: salas de projeções, TV aberta e TV a cabo. Nestes casos, aproveita-se da vantagem desses veículos de comunicação já terem o seu público, circunstância que ajuda as empresas a chegarem até as pessoas que realmente se interessam pelo que elas têm a oferecer.
 
No entanto, a cereja do bolo, figurando como o principal meio de distribuição audiovisual, é a internet, através de canais de streaming, tanto pagos como gratuitos, permitindo que o conteúdo seja acessado de qualquer lugar e a qualquer hora, bastando uma conexão com a rede mundial de computadores.
 
Segundo a última contagem da União Internacional de Telecomunicações (UIT), 67% da população mundial, ou seja, 5,4 bilhões de pessoas estavam conectadas em 2022. É claro que este percentual não é uniforme, variando de país a país. No Brasil, conforme o IBGE, 87,2% dos brasileiros acessavam a rede mundial de computadores em 2022. 
 
Outro dado importante: o conteúdo em vídeo foi responsável por 65,93% de todo o tráfego na internet também em 2022, segundo dados da agência de análise Sandvine. Mas o principal dado é que o brasileiro passa, em média, 9 horas e 32 minutos por dia na internet. Com isso, o País é o segundo com mais horas diárias gasta na web em todo o mundo, ficando somente atrás da África do Sul (9h38min). Os números são de um levantamento global do provedor Proxyrack.
 
Resumo da ópera, na principal forma de comunicação moderna (alcance e horas gastas), o tráfego predominante é de vídeos, ou seja, há um casamento perfeito entre a web e a distribuição audiovisual.
 
 
CUSTO
 
Entre as manifestações culturais, o audiovisual é a que mais utiliza tecnologia. Portanto, o barateamento destes recursos verificado nos últimos anos, principalmente pela digitalização de praticamente todas as etapas do seu processo, permitiu uma redução significativa dos custos desta indústria, tornando mais acessível financeiramente a produção de documentários.